Por Karen Lessa, Larissa Verdier e Thales de Lima
Despojados, excêntricos, autênticos ou exagerados. A lista de adjetivos para definir a imagem do aluno do IACS preencheria páginas e páginas. Independente do que se diga, uma coisa é certa: o aluno do instituto é sempre pauta. Exemplo disso é a definição do site humorístico Desciclopédia para o instituto: “É a maior concentração de Adidas e All Star por metro quadrado. Todos os homens de lá são covers dos Los Hermanos, causando uma ilusão de ótica tamanha a concentração de listras e xadrez espalhadas pelo campus.” De um modo menos irônico que o site, a estudante Bruna Bahia, do 7° período de Produção Cultural, também tem uma forma de ver os alunos do IACS. “É fácil saber quem é quem. O pessoal de “Jornal” e Publicidade está mais na moda. Já quem estuda Biblioteconomia e Arquivologia abre o armário e põe qualquer coisa. Cinema é mais 'retrô' e Produção Cultural é mais despojado.”
Isso revela que existe uma sensação de separação entre grupos, muitas vezes percebida no modo de se vestir dos alunos. “O IACS é ‘guetilizado’. Os grupos não se misturam”, avalia Heloísa Waideman, outra estudante do campus. Por vezes, essa diferenciação em cursos chega ao extremo de mudar a “cara do IACS” da manhã – onde é maior o número de estudantes de Arquivologia e Biblioteconomia – para a noite, turno de cursos como Jornalismo e Publicidade.
O estilo “largado” e “excêntrico” dos alunos do instituto por vezes gera reações negativas nos estudantes de outros campi. “Os meus amigos acham uma zona. Dizem que todo mundo é lésbica, gay ou simpatizante”, revela Daniel Kolb, do 3° período de Publicidade. De fato, a questão sexual é um tema constante pra quem estuda no IACS. Mas há também quem acredite que os Iacsianos se isolam demais. É o que ressalta Bruna Soares, do 6° período de Psicologia. “O pessoal do IACS é muito recluso e afastado, e não se socializa muito quando assiste aulas no ICHF”, afirma a estudante.
Teorias não faltam para explicar os comentários a respeito dos estudantes. Nem o bom e velho casarão escapou. “As pessoas de fora acham que o povo é largado. Talvez seja por causa do prédio velho”, observa Natália Chaves, do 6° período de Jornalismo. Alguns estudiosos nos ajudam a entender melhor a questão do estilo.
O escritor e lingüista Umberto Eco explica a escolha das roupas como forma de se expressar. “O vestuário é comunicação”, defende ele. O escritor Vergílio Ferreira, autor do texto “Moda – a psicologia do vestir”, destaca que “as necessidades do homem, com exceção para situações extremas, são semelhantes às de qualquer outro animal, pelo que um refúgio quente que serviria para passar a noite passou a funcionar não como proteção do frio, mas uma forma de falar de si mesmo pelo modo de vestir”.
Na realidade, a definição de aluno do IACS vai muito além da simples indumentária. Como bem definiu a primeira entrevistada, Bruna Bahia, “o pessoal do IACS é livre”. Neste sentido, as roupas são o indício desta liberdade. Vergílio Ferreira ressalta: “é nele (o ato de vestir) que começa a identidade do homem, seja ela natural ou artificial. Imitação, imaginação ou realidade.” É o jeito IACS de ser.
Despojados, excêntricos, autênticos ou exagerados. A lista de adjetivos para definir a imagem do aluno do IACS preencheria páginas e páginas. Independente do que se diga, uma coisa é certa: o aluno do instituto é sempre pauta. Exemplo disso é a definição do site humorístico Desciclopédia para o instituto: “É a maior concentração de Adidas e All Star por metro quadrado. Todos os homens de lá são covers dos Los Hermanos, causando uma ilusão de ótica tamanha a concentração de listras e xadrez espalhadas pelo campus.” De um modo menos irônico que o site, a estudante Bruna Bahia, do 7° período de Produção Cultural, também tem uma forma de ver os alunos do IACS. “É fácil saber quem é quem. O pessoal de “Jornal” e Publicidade está mais na moda. Já quem estuda Biblioteconomia e Arquivologia abre o armário e põe qualquer coisa. Cinema é mais 'retrô' e Produção Cultural é mais despojado.”
Isso revela que existe uma sensação de separação entre grupos, muitas vezes percebida no modo de se vestir dos alunos. “O IACS é ‘guetilizado’. Os grupos não se misturam”, avalia Heloísa Waideman, outra estudante do campus. Por vezes, essa diferenciação em cursos chega ao extremo de mudar a “cara do IACS” da manhã – onde é maior o número de estudantes de Arquivologia e Biblioteconomia – para a noite, turno de cursos como Jornalismo e Publicidade.
O estilo “largado” e “excêntrico” dos alunos do instituto por vezes gera reações negativas nos estudantes de outros campi. “Os meus amigos acham uma zona. Dizem que todo mundo é lésbica, gay ou simpatizante”, revela Daniel Kolb, do 3° período de Publicidade. De fato, a questão sexual é um tema constante pra quem estuda no IACS. Mas há também quem acredite que os Iacsianos se isolam demais. É o que ressalta Bruna Soares, do 6° período de Psicologia. “O pessoal do IACS é muito recluso e afastado, e não se socializa muito quando assiste aulas no ICHF”, afirma a estudante.
Teorias não faltam para explicar os comentários a respeito dos estudantes. Nem o bom e velho casarão escapou. “As pessoas de fora acham que o povo é largado. Talvez seja por causa do prédio velho”, observa Natália Chaves, do 6° período de Jornalismo. Alguns estudiosos nos ajudam a entender melhor a questão do estilo.
O escritor e lingüista Umberto Eco explica a escolha das roupas como forma de se expressar. “O vestuário é comunicação”, defende ele. O escritor Vergílio Ferreira, autor do texto “Moda – a psicologia do vestir”, destaca que “as necessidades do homem, com exceção para situações extremas, são semelhantes às de qualquer outro animal, pelo que um refúgio quente que serviria para passar a noite passou a funcionar não como proteção do frio, mas uma forma de falar de si mesmo pelo modo de vestir”.
Na realidade, a definição de aluno do IACS vai muito além da simples indumentária. Como bem definiu a primeira entrevistada, Bruna Bahia, “o pessoal do IACS é livre”. Neste sentido, as roupas são o indício desta liberdade. Vergílio Ferreira ressalta: “é nele (o ato de vestir) que começa a identidade do homem, seja ela natural ou artificial. Imitação, imaginação ou realidade.” É o jeito IACS de ser.
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