Por Jaqueine Deister
A questão do registro profissional é um dos desdobramentos da obrigatoriedade do diploma. Hoje, o recém-formado obtém o diploma e em seguida pede o registro profissional. Para o professor do curso de Jornalismo da UFF, Alceste Pinheiro, o registro profissional é mais importante do que a obrigatoriedade. “Deve-se ter um controle maior sobre quem pode registrar-se como jornalista. Em outras profissões, como o Direito, você tem que passar na prova da OAB para poder exercer a profissão. O mesmo deveria ser para o Jornalismo.”
Para Alceste, o Estado estabelece parâmetros sobre o que o profissional precisa ter para servir a sociedade. O professor não acredita que as empresas possam ser capazes de escolher critérios para formar jornalistas. Alceste, assim como Sylvia e Palacios, é a favor da pós-graduação como alternativa para o exercício do Jornalismo.
No curso de Jornalismo, é possível tratar de aspectos éticos específicos, desde o método lícito para obter informação até a manipulação da imagem fotográfica, do sigilo da fonte, do conflito entre privacidade e interesse público. De acordo com Beth Costa, da FENAJ, a escola pode formar profissionais para atuar em Jornalismo – e não para uma ou outra empresa. Para Beth, é a formação que permite o debate e novas experiências.
Atualmente, a legislação brasileira exige que os jornalistas sejam formados, mas uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, o mesmo que concedeu o habeas-corpus ao banqueiro Daniel Dantas acusado pelo crime de corrupção ativa, acabou com a exigência. O julgamento que definirá a exigência ou não do diploma para o exercício do Jornalismo está prevista para ocorrer no final de 2008. Se depender da “ética” do ministro, não haverá nem diploma e nem pós-graduação.
A necessidade do diploma, por Muniz Sodré
(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=497DAC002) O STF e o jornalismo de qualidade, por Alfredo Vizeu
(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=497DAC003)
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