Por Frederico Cursino
Antônio Theodoro Magalhães Barros começou a aprender Jornalismo muito antes de entrar em qualquer redação. Foi ainda nos tempos de marinheiro, enquanto enfrentava longas viagens atravessando oceanos, que o ex-professor do IACS – condecorado Professor Emérito em 2005 - deu os primeiros passos na sua profissão: “As viagens eram muito longas e não tinha nada para se fazer. Havia uns que passavam o dia enchendo a cara e jogando baralho, mas como eu nunca me dei bem com esse tipo de jogo, acabava lendo o dia inteiro. Aí uma dica para quem quer ser jornalista: tem que ler muito!”, conta ele.
Para Theodoro, as leituras dos tempos de marinheiro e a graduação que viria a ter em Administração, em seguida, foram os diferenciais para a entrada no Jornalismo e a sua rápida ascensão dentro das redações: “Havia muitos jornalistas analfabetos, que mal sabiam assinar o nome. Então, quem tinha algum curso superior, como eu, acabava passando os outros para trás”, conta.
É que Theodoro pertenceu a uma época em que quase não existiam cursos nessa área e em que a maioria dos profissionais era formada nos próprios jornais. Theodoro, na verdade, foi um dos primeiros a ensinar Jornalismo em escolas especializadas, participando, inclusive, da primeira geração de professores de Comunicação da UFF.
Mesmo com mais de 30 anos de cadeira na universidade, o ex-professor do IACS é contra a obrigatoriedade do diploma para o jornalista: “Uma pessoa formada em Direito, por exemplo, pode muito bem se tornar um jornalista competente sem necessariamente ter outra faculdade na área”, opina.
Leia: a entrevista na íntegra
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário