José Roberto Coelho Vanderlei

Por Iury Sales Tavares

O outro Zé, José Roberto Coelho Vanderlei, está no IACS desde 2003, cedido pela TVE. Conhecido como Fofão, o operador de câmera diz que prefere trabalhar aqui, apesar de gostar de televisão. “Ser câmera, trabalhar com imagem, está no meu sangue. Eu gosto de trabalhar aqui, é mais tranqüilo. Eu passo umas dicas, dou uns ensinamentos, como mexer na câmera, no áudio. Lá fora é diferente, ninguém te ensina. No papel é uma coisa, lá fora é outra”, enfatiza ele.

José Roberto lembra que carregou câmeras de 40 kg, o que lhe rendeu alguns problemas de saúde, e fica surpreso quando alguns professores não sabem usar equipamentos mais modernos e mais leves. “Tem professor que não sabe usar a câmera! A gente ajuda, vai do meu caráter ensinar. Mas acho que tinha de ter alguém pra mostrar como é o mercado”, pondera.

Desde quando você trabalha aqui no IACS?
Eu estou aqui desde 2003, mas vim cedido pela TVE (Televisão Educativa). Também passei por Globo, Record. Faço isso há 30 anos. Você começa como auxiliar, passa para operador, câmera e chega em diretor de imagem. Eu comecei aprendendo logo.

Qual o melhor e o pior de trabalhar no IACS?
Eu gostava de trabalhar na TVE, mas aqui é melhor. É mais tranqüilo. O pior é falta de equipamento.

E isso desanima?
Não. Trabalhar com câmera, com imagem, tá no meu sangue. Hoje, vocês vêem essas câmeras pequenas, leves. Na minha época, cada uma tinha 40 kg e eu ficava carregando direto. Hoje tenho problemas na coluna por causa disso.

Como é seu relacionamento com professore e alunos?
Eu passo dicas pra eles, ensinamentos. São 30 anos, né? Como mexe o áudio, ajusta a câmera, o filtro. Lá fora é outra coisa, ninguém te ensina. No papel é uma coisa, lá fora é outra. E eu faço isso pro aluno não sair cru da faculdade.

E os professores?
Tem professor que não sabe ligar a câmera e a gente ensina. Vai do meu caráter ensinar também.

Como acha que poderia melhorar?
Na televisão, se você for mau funcionário você responde pelo o que faz. Tinha que ter alguém pra mostrar como é o mercado.